"Pois como tudo o que é
pleno, o que torna toda a matéria ligada, e como no pleno todo o movimento faz
algum efeito sobre os corpos distantes na medida da distância, de tal sorte que
cada corpo é afectado não só pelos que o tocam, e se ressente de certa maneira
de tudo o que lhes acontece, mas também por intermédio deles se ressente os que
tocam os primeiros pelos quais é directamente tocado: segue-se que esta
comunicação alcança seja a distância que seja. E, por conseguinte, todo o corpo
se ressente de tudo o que se faz no universo, de tal modo que aquele, que vê
tudo, poderia ler em cada um o que se faz em toda a parte e até o que se fez ou
se fará, observando no presente o que é remoto, tanto segundo os lugares;
sympnoia panta, dizia Hipócrates. Mas uma alma
não pode ler em si própria senão o que nela é distintamente representado, e não
poderia desenvolver de uma vez só as suas dobras, porque estas vão até ao
infinito."
Leibniz, Monadologia
1 comentário:
"(...)e como no pleno todo o movimento faz algum efeito sobre os corpos..."
Porque naquele tempo "pleno" não era uma marca de água... agradabilíssima!
http://fali-vendo-me.blogspot.com
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