«Encontramos nós apenas gente possessa do demónio, ou será que vêm ao nosso encontro outro tipo de possessos, obcecados pelo bem, pela virtude, a moralidade, a lei ou outro qualquer “princípio”? As possessões diabólicas não são as únicas. Sobre nós age Deus e age o diabo: a acção do primeiro é da ordem da “graça”, a do segundo é diabólica. Possessos são aqueles que se fixam nas suas opiniões» (pág. 43).
«Quem é que de forma mais ou menos consciente, nunca reparou que toda a nossa educação está orientada no sentido de produzir em nós sentimentos, ou seja, de os impor, em vez de nos deixar a iniciativa de os produzir, quaisquer que eles sejam? Se ouvimos o nome de Deus, se ouvimos o da majestade real, esse sentimento deve ser recebido com respeito, veneração e submissão, se ouvimos o da moral, espera-se que ouçamos qualquer coisa de intocável, se ouvimos falar do mal e dos malvados, espera-se que tremamos de medo, etc. Tudo está preparado para produzir estes sentimentos» (pág. 58).
«Quem é que de forma mais ou menos consciente, nunca reparou que toda a nossa educação está orientada no sentido de produzir em nós sentimentos, ou seja, de os impor, em vez de nos deixar a iniciativa de os produzir, quaisquer que eles sejam? Se ouvimos o nome de Deus, se ouvimos o da majestade real, esse sentimento deve ser recebido com respeito, veneração e submissão, se ouvimos o da moral, espera-se que ouçamos qualquer coisa de intocável, se ouvimos falar do mal e dos malvados, espera-se que tremamos de medo, etc. Tudo está preparado para produzir estes sentimentos» (pág. 58).