domingo, 11 de dezembro de 2022

imperdível


 

Alfafar





















 

yin e yang

 


"Yin e Yang significan, literalmente, la ladera oscura y la ladera soleada de una montaña. Sombra y luz es lo que en sus inicios indican estas palabras. Ninguno de los opuestos tiene preferencia: lo que ahora está iluminado luego se oscurece y lo que se oscurece se ilumina. Yin y Yang son fuerzas opuestas cuya interacción genera el universo. Estos opuestos en ningún caso se excluyen, sino que se complementan. Esto no es privativo del pensamiento chino, también en el hinduismo hallamos esa complementaridad. Lo característico de la concepción china es que no sólo se complementan, sino que también intercambian sus valencias ya que, en cuanto llega a su máxima potencia, el uno se convierte en el otro, de modo que el Yin engendra el Yang que alberga en su interior y el Yang engendra el Yin.  La luz se convierte en sombra y dónde había sombra se extiende la luz. Lo fuerte se hace débil y lo débil fuerte: lo duro pierde su dureza y lo blando se endurece. Lo fuerte tiene tendencia a expandirse y al hacerlo se debilita, se descompone y se divide: lo débil, en cambio tiende a concentrarse, y de esta manera se hace fuerte."

Chantal Maillard, Las Venas del Dragón – Confucianismo, Taoísmo y Budismo


O sex appeal do inorgânico

"Que audacioso pensador nunca ouviu, de noite, com uma espécie de ansiedade, aqueles barulhos misteriosos que parecem marcar encontro na sombra? Dir-se-ia que algo vive surdamente na matéria, e adquire, quando tudo se cala, uma voz para falar connosco: linguagem indefinível, imponente como o silêncio, obscura como as trevas."

Jules Lefrève-Deumier

bell hooks


 

"A formação e a prática de uma teoria feminista emancipadora é uma responsabilidade colectiva que deve ser partilhada."

As edições Orfeu Negro continuam a publicação da obra de bell hooks, uma referência incontornável na história do feminismo. TEORIA FEMINISTA – DA MARGEM AO CENTRO examina questões como a sororidade, a violência, a periferização e a parentalidade, defendendo que o movimento feminista tem de reconhecer a complexidade das relações sociais e o contributo inestimável das mulheres negras ao longo da história. Publicado em 1984, permanece um texto actual e provocador, mantendo o registo crítico e directo da autora.

Remedios Varo




 

Lhasa - 1997 - La llorona (Disco completo)

domingo, 4 de dezembro de 2022

uma oração portuguesa

 


«Se as árvores falassem, se as árvores e as coisas dissessem tudo o que sabem!...

(...)

Porque não iria ser macieira, mendigo, húmus? transformar a sua dor em felicidade? ser humilde e beber o sol, ir alegre na aluvião da vida?»

Raul Brandão, O mistério da árvore

Either/Or

«The question is banal but one of the real troubles with living is that living is so banal. Everyone, after all, goes the same dark road  – and the road has a trick of being most dark, most treacherous, when it seems most bright   and it's true that nobody stays in the garden of Eden. (...) Perhaps everybody has a garden of Eden, I don't know; but they have scarcely seen their garden before they see the flaming sword. Then, perhaps life offers the choice of remembering the garden or forgetting it. Either, or: it takes strenght to remember, it takes another kind of strenght to forget, it takes a hero to do both. People who remember court madness through pain, the pain of the perpetually recurring death of their innocence; people who forget court another kind of madness, the madness of the denial of pain and the hatred of innocence; and the world is mostly divided between madmen who remember and madmen who forget. Heroes are rare.»

James Baldwin, Giovanni's Room

autobiografia


 

«Bailar no sé, nadar no sé, beber sí sé. Coche no tengo.

Prefiero la noche. Prefiero el silencio.»

Antonio Di Benedetto

It is no desert.

I walked in a desert.

 And I cried:

"Ah, God, take me from this place!"

A voice said: "It is no desert."

I cried: "Well, but–

The sand, the heat, the vacant horizon.”

A voice said: "It is no desert."


Stephen Crane

é tão misterioso, o país das lágrimas.


Li recentemente O PRINCIPEZINHO, de Saint-Exupéry. Pela primeira vez, com quarenta anos, e por conta de uma Rosa. Gostei bastante: da simbologia implícita, do imaginário e de algumas frases (e menos do fim, que me pareceu apressado e desligado do conjunto). Não deixa de ser curioso que aos 11 anos comecei a ler Dostoiévski, Baudelaire e tantos outros, e não tenha passado pela fase de literatura juvenil. O tempo do coração é mais circular do que linear, creio.

As Cópias da Noite ou A Poesia da Poesia


«Há, assim, noites. Cópias da noite. Circulam quase sempre sozinhas pela cidade, quebrando-lhe o frenético humano, os sonhos urbanísticos que a foram gerando. Tornam os bancos obscuros. Espalham por toda a parte a sombra das árvores. Rareia a luz sempre rara. Abunda o escondido e o calado. Os animais vagueiam pelo menos medo. As ruas longas quebram-se perdidas, e, nesse perdido, o poema parte a imaginar,

(...)

o poema passa,

a cada instante passa e enriquece a voz

alteia a minha percepção do mundo,

são tantas as pregas do céu,

as colinas,

os altos dos montes, os sistemas solares


voltaremos a subir a encosta da manhã,

o mundo está prometido ao Drama-Poesia.»


Maria Gabriela Llansol, Onde Vais, Drama-Poesia?

Low Light Buddy Of Mine