segunda-feira, 4 de junho de 2012

Da compulsão de ler


“E quando voltei a Ulsgaard e vi todos aqueles livros, atirei-me a eles, com enorme pressa, quase com má consciência. Aquilo que mais tarde senti com tanta frequência, pressenti-o então de alguma maneira: que não se tinha o direito de se abrir um livro sem se comprometer a lê-los todos. A cada linha abria-se o mundo. Antes dos livros ele encontrava-se intacto, depois deles talvez de novo completamente inteiro.”

Rainer Maria Rilke, As Anotações de Malte Laurids Brigge

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