domingo, 23 de novembro de 2014

e a noite roda


Passei os últimas noites de chuva entretida com a leitura de e a noite roda de alexandra lucas coelho. Foi uma leitura light, sem deslumbramentos maiores, que compensou sobretudo pelo tom delicado, a evocação de lugares distantes e por esse grande amor à literatura como forma de viagem. A história de amor narrada apoia-se em várias referências bibliográficas e os encontros carnais dos amantes compõem as partes mais bem conseguidas do livro.

"Mesmo no inverno, a pele do teu corpo é morena. Continuas a cheirar a sabonete, macio e a cheirar a sabonete, com um sexo grande e macio e a cheirar a sabonete, mesmo quando tenho a cara entre as tuas pernas, e a cabeça do teu sexo pulsa para a frente. O teu esperma é leve, só ligeiramente acre. A tua cara aparece e desaparece. Nem sempre nos vemos, talvez nem sempre tenhamos nome. Às vezes és só um quadril com sexo, pelos de um louro escuro por cima. Ou uma boca no meu sexo, caracóis grisalhos entre os meus dedos. Uma boca, uma língua, dentes na minha boca, na minha língua, dentes contra dentes. Uma mão no meu pescoço, dobrando-me para trás, para a frente. Uma mão que me agarra pelo cabelo com a um bicho. Duas mãos que me puxam para um corpo por trás do meu. E não sei quem sou nem quem és. Depois volto-me na cama, abro os olhos, a tua cara está lá no alto, entre os meus tornozelos, afogueada. Encostas o tronco às minhas pernas, o teu sexo entra de um golpe, eu rodo e rodo com ele dentro, mas os nossos olhos estão fixos, cada vez mais desesperados, como se tudo o que o corpo faz para chegar perto nunca chegasse."

"Noite num mosteiro, antes de descer à costa. Tacteio com todas as minhas extremidades e a matéria conflui desde o seu núcleo. Não tens a pele dura dos circuncidados. A cabeça do teu sexo nasce só para isto, cega e sensível a cada vez. Sento-me nela, afundo, desapareço. Sou o cimo onde tu bates, e bates, até à dissolução. Pequena morte, sim, porque a morte há de ser o fora da história, ausência de bagagem e de cronologia. Noite branca."

Além disso, dois versos no seu interior, decidem a minha próxima viagem: Alejandra Pizarnik.

Alguma vez, talvez, encontraremos refúgio na realidade verdadeira.
Entretanto posso dizer até que ponto sou contra?

19 comentários:

Patrícia disse...

Recomendas?
Li o "Caderno Afegão" e apesar de ser interessante pelo tema e país em si, a escrita não despertou nada em mim.
Alguém que leu "O meu amante de domingo" disse-me que tinha demasiado uso de calão para um livro com tão poucas páginas.

Patrícia disse...

Depois de ter escrito o comentário acima, li o teu blog de uma ponta a outra.
Ainda estou absolutamente incrédula por ter encontrado alguém com gostos literários tão semelhantes(ou iguais?)aos meus.

Exceptuando talvez 4 ou 5 livros que não conhecia (mas que já estão na lista de compras, obrigada),tenho os restantes que referencias. Muitos já li, outros estão nas estantes aguardando vez.
Parece-me ingrato sair sem partilhar o que leio no momento: "O Museu da rendição incondicional" de Dubravka Ugresic. Estou no início mas parece-me ir bem encaminhado.

Muito obrigada :)

Madame Bovary disse...

Oi, Patrícia.

Sendo muito prática, não recomendo o livro da Lucas Coelho. Acho que tem algumas partes bem conseguidas, mas é sobretudo o esboço do que podia ter sido um bom romance.
Obrigada pela tua sugestão, tenho esse livro na estante, só faltava o apelo. já que partilhamos gostos literários, escreve quando encontrares livros muito-muito-muito bons. arrebtamentos literários fazem faltam...
beijinhos,

Patrícia disse...

:)
Olá.
Arrebatamentos literários fazem mesmo muita falta, mas também é verdade que quanto mais vou lendo menos me sinto arrebatada e pouco me impressionam os novos "prodígios" literários.

Sugiro "O grito" de Rui Nunes, ou qualquer escrito por ele;

"O marinheiro que perdeu as graças do mar", a tetralogia "the sea of fertility" de Mishima;

"O quarteto de Alexandria" de Durrell;

"Middlemarch" de Eliot;

"Não humano" de Dazai;

"A ilha de Arturo" de Morante;

"A palavra do mudo" de Ribeyro;
(Fazendo figas para que a Ahab ressuscite para editar o 2º volume)

"Auto-de-fé" de Canetti
Bom fim de semana :)

Madame Bovary disse...

Sinto de forma parecida essa escassez. às vezes, pondero até começar a reler apenas os livros que sei muito bons (atitude que sempre considerei um pouco "marreta").
por agora, fico-me com a tua lista: obrigada! o mishima já li há muitos anos mas não me fazia mal nenhum reler :)
vamos falando e trocando ideias.
beijinhos e boa semana

Patrícia disse...

Como "combinado" aqui estou para falar sobre um livro de que gostei e achei realmente bom.
"Effi Briest" de Theodor Fontane.

Antes de ler este livro, pensava em Bovary, Karenina e Amélia. A partir de agora Effi estará sempre incluída.
Um clássico esquecido.

Quanto a Ugresic, de quem falei da última vez que aqui comentei, prometeu nas primeiras páginas mas depois não correu bem, na minha opinião.

Óptimo fim de semana :)

Madame Bovary disse...

Oi, Patrícia.

Obrigada por não te esqueceres do nosso "pacto" :)
Effi: tenho uma edição da Penguin, acho, vou ler assim que consiga. Agora, uma curiosidade: quem é a Amélia?
E já leste a Thérèse Desqueyroux, do Mauriac? Eu gostei muito e é um bom contraponto às bovarys. Saiu finalmente uma tradução nova pela cavalo de ferro.
de resto, poucas novidades, passei os últimos dias com um livro que também prometia muito no início e depois menos - A FELICIDADE DOS TRISTES.
Beijinhos e boa semana!

Patrícia disse...

Olá.

Referia-me à Amélia d'"O crime do padre Amaro" :)

Quanto a Thérèse Desqueyroux, já tenho o livro com a edição recente da Cavalo de Ferro mas ainda não o li.
"A Felicidade dos tristes", faz parte da minha lista de compras, mas sendo assim acho que deixarei passar.
Obrigada.
Boa semana.

Patrícia disse...

Começo a parecer uma stalker :/

Tenho uma perna partida e uma veterinária que não se aguenta em pé, é inútil. Portanto, tempo e livros não me faltam!

Li recentemente The age of innocence, de Wharton. Uma Nova Iorque perdida, cheia de hipocrisia. Tenho a tradução portuguesa, de uma colecção do Público mas li na língua original.

Entretanto li também:
*La condessa sangrienta, de Pizarnik. Interessante e com boas ilustrações de Caruso.

*Le grand Meaulnes (The lost estate/O grande Meaulnes), de Alain Fournier. Um clássico tão bonito e ternurento. Acho que há uma tradução antiga da Europa América, salvo erro.

*Sempre vivemos no castelo, de Shirley Jackson

Queria ler não ficção. Tenho a autobiografia de Vargas Llosa a olhar para mim há 2 anos.
Mas queria também reler O romance de Genji (Murasaki) e ao mesmo tempo Morte aos feios (Vian) pisca-me o olho. Estou também curiosa quanto a Golpes de Meckert.

É muito provável que já tenhas lido estes livros, mas de qualquer forma, aqui deixo os títulos :)

Boa semana






Madame Bovary disse...

Olá, Patrícia, bom dia!
Não pareces nada uma stalker. Gosto tanto de ler e falar sobre livros que jamais me molestam estas conversas, muito pelo contrário :)
Depois, lamento saber que estás imobilizada (não percebi a cena da veterinária) mas confesso também que fiquei com alguma inveja porque, embora também não me faltem livros, faltam-me todas as vidas que precisava para os ler de coração inteiro.
É que além dos livros, no meu caso, existe também o trabalho com os livros (o que é excelente e me faz ler muita não-ficção), e uma enorme paixão pelas outras artes pelas pessoas e claro, a logística da vida (ou a puta da vidinha). Por isso, só posso desejar-te que aproveites bem o teu tempo de convalescença e liberdade.
Obrigada pelas tuas sugestões - dos que leste recentemente, não li nenhum, embora façam parte da minha lista imaginária interminável. Do Meckert, adorei o Abismo e também já comecei os Golpes: é uma escrita cheia de verve e humor corrosivo, muito àspera e as traduções estão excelentes.
Quanto a mim, este fim de semana vou para a serra e estou a pensar fazer-me acompanhar da Autobiografia do Thomas Bernhard. é o livro que me está a piscar o olho agora e acho que combina com neve e lareira.
Tem um dia bonito. beijinhos,
Patrícia

Patrícia disse...

:) Obrigada.

Sou veterinária, neste momento uma veterinária perneta e por isso inútil.
A tua vida profissional deve ser uma delícia.

Não deixes de ler Le grand Meaulnes, é um livro absolutamente lindo.
Quanto a Meckert também li O Abismo e gostei, Os Golpes estão em espera, como tantos outros.

Comecei e terminei ontem O Baile de Némiróvski e estou a ler as Novas Cartas Portuguesas de Barrento/Horta e da Costa.

Aproveita o fim de semana, tem tudo para ser muito bem passado.




Madame Bovary disse...

Olá, Patrícia.

Só para te dizer que já iniciei as diligências para ler o grande Meaulnes. Encontrei um exemplar no catálogo da BLX, que estava proposto para abate, e segunda logo de manhã, liguei para a sede das bibliotecas e prometeram entregar-me o livro na biblioteca de belém.
Comecei portanto a semana da melhor forma, à procura de um livro, e rindo com os vários telefonemas (pus 3 pessoas à procura de um livro com um nome estranho :)elas foram tão simpáticas e diligentes que as imagino contentes por alguém ter ligado).

Pois muito bem :) Passar o dia rodeada de animais também me parece uma delícia. Eu tenho uma gatinha comigo, a Emma, e dois cães no Algarve, a Lolita e o Saramago.

Gostaste do Baile? Gosto muito dela e também li esse. O problema é que o li depois dos Cães e os Lobos e do Vinho da Solidão, e esse pareceu-me muito menor, apenas mais um exercício de purgação da relação dela com a mãe.
Eu, como previsto, passei o fim de semana, com o Berhard: está a ser interessante embora não esteja a aderir totalmente ao texto, primeiro, porque o acho muito repetitivo e segundo, porque o acho muito centrado numa visão da destruição algo plana. Mas ainda é cedo, posso muito bem mudar de opinião.
Ah, viste que a Cavalo de Ferro reeditou os Sete Loucos do Arlt? Nunca li nada dele mas já tinha apanhado o nome dele no Cortázar e afins, e estou muito curiosa. A ver se o compro na Feira do Livro.

Beijinhos e uma semana bonita para ti

Patrícia disse...

Olá!
Depois dos telefonemas feitos resta-me fazer figas para que aches que o livro valeu a pena.

Também gosto muito de Némirovsky e achei o mesmo que tu e pela mesma razão. Já havia lido os que referiste e o "O sr das almas" e comparativamente "O baile" parece um anãozinho.
Tenho a autobiografia de Bernhard na lista (quilométrica)de compras desde que saiu e acabo por comprar outros livros.
Não sabia que Arlt estava a ser reeditado, mais um para a lista...
Dele li "El jorobadito", uma colectânea de contos.

Terminei ontem "A Civilização do Espectáculo" de Llosa. Um ensaio sobre a cultura(ou não) da sociedade em que vivemos. Muito interessante com prespectivas inteligentes e nada maçudo.

Estou no início de "Pudor e dignidade".

Beijinhos à Emma, à Lolita e ao Saramago ;) Beijinhos para ti também

Patrícia disse...

Olá :)

Na 2ª feira volto à minha vida, aos meus bichos adorados, grandes e mais pequenos. Estarei só no hospital veterinário e no zoo, uma vez que a universidade está fechada por causa da Páscoa (os alunos regojizam!.
Por isso queria actualizar as minhas leituras, caso te interessem.
Os livros que deixo abaixo foram todos muito bons, cada um no seu género.

Li:
*"O músico cego": Korolenko (com tradução genial do casal Guerra, para não variar);

*"La religieuse": Diderot;

*"El palacio de las blanquisimas mofetas"(The Palace of the White Skunks): Arenas;

*"The Kolima Tales" : Shalamov;

*"Germinal": Zola;

*"Die Blechtrommel"(O tambor de lata: Grass;

*"The Bandini Quartet"(Wait until Sring, Bandini: The Road to Los Angeles, Ask the dust,Dreams from Bunker Hill): Fante;

*"A origem": Graça Pina de Morais (belíssima escritora hoje quase esquecida);

*"Rosalía de Bringas":Galdos.

Iniciarei "Hotel Du Lac": Brookner.

Isto de viver de papo para o ar, ainda que forçada, faz com que se ponha muita leitura em dia. Todos os livros que li estavam em espera há anos. Nada que gesso até à coxa não resolva ;)

"Fui" às compras e finalmente já tenho a autobiografia de Bernhard e os 7 loucos. Comprei muitos outros livros, incluindo "História do Riso e do Escárnio" de Minois que há demasiado tempo esperava.

Passei os olhos pelo meu último comentário e adorei a calinada que dei, pRespectiva é o que se precisa ;)

Espero que gostes do Meaulnes. Depois de tanto insistir, receio que não gostes...

Bom fim de semana e que tenhas uma semana em grande :)

Madame Bovary disse...

Olá, Patrícia.
Desculpa a demora em responder-te mas estive fora a semana passada, na Feira do Livro de Bolonha, e vi a tua resposta enquanto preparava a mala.
Fico contente por te saber bem e recuperada. E espero que o regresso ao trabalho tenha sido suave e alegre. Obrigada também por me actualizares quanto às tuas leituras. Pelo que vejo, lês francês e alemão, certo? Ah, que inveja  Só te falta o russo. Eu só consigo ler em espanhol, inglês e em francês, só ensaios, pelo que passo a vida a lamentar-me por não conseguir recuperar o alemão e o italiano. À parte isso, também acho que és de longe uma leitora muito mais interessante que eu, pelo que muito me alegram as tuas sugestões. O Meaulnes marchou num instante e agradou-me muito, obrigada  De algum modo, recordou-me o Luc Dietrich, embora mais cândido.
Devido à tua recomendação, trouxe também de Bologna o livro da Pizarnik. Visito sempre o stand da Libros del Zorro, acho o trabalho deles magnífico. Trouxe também os poemas proibidos do Baudelaire, porque me encantaram as ilustrações. E foi só. Desta vez, tive pouco tempo para visitar livrarias, foi tudo muito trabalhoso.
Hoje fiquei em casa a descansar e, apesar do tempo propício, não consegui encontrar um livro satisfatório. Passei o dia a pegar e a largar leituras, a sentir-me com um animal enjaulado. É mais comum acontecer-me o contrário, querer ficar em casa a ler e não poder. Assim, é uma sensação horrivelmente angustiante, o não conseguir estabelecer empatia com nenhum dos livros que se possui. Ainda tenho a autobiografia do bernhard por terminar mas apetecia-me uma voz mais doce… E assim passei o dia, sem encontrar um livro que me desse a mão, incrivelmente desassossegada.
Enfim, isto dos livros é como uma alquimia, há dias que a poção certa se nos escapa… Mas não desisto. Agora vou tratar da vidinha e antes de me deitar tento o Auto-de-fé 
Beijinhos e até breve

Patrícia disse...

Olá!

Espero que tudo tenha corrido em na feira e que tenha sido interessante.

Falo algumas línguas, mas não por mérito próprio.
A minha mãe é australiana (por sua vez filha de uma francesa e de um australiano), o meu pai é alemão (filho de uma norguesa e de um argentino, mas nascido e criado na alemanha).

Para além de tudo isso, tive a sorte de viver e estudar em vários países porque as profissões dos meus pais a isso exigia. Posteriormente decidi fazer especializações na minha área e vivi em outros países.

E claro, os meus pais decidiram ter Portugal como casa e aqui estou eu a falar português:)

Quanto ao russo. Já pensei aprender a língua várias vezes. Vivo e trabalho na Finlândia, ou seja, na fronteira da Rússia. Há cursos intensivos e com "estágio" em Iásnaia, o que seria uma imensa recompensa, mas viajo bastante em trabalho e sei que não tenho tempo para uma língua tão desafiante. Quiçá daqui a uns tempos, não está de parte.
Aqui tens a minha mini auto biografia.

Há dias que não coincidem com os livros...

Espero que não te tenhas sentido muito desiludida com o Meaulnes, como te disse gostei bastante e se pensarmos que foi escrito na adolescência melhor é. Há semelhança do que Sagan fez com Bonjour Tristesse.

Presentemente leio Jacobo e Outras histórias, de Veiga.

Antes li Child of god (McCarthy) e gostei, eu que antes havia lido The road e torcido o nariz, o cenário pós apocalíptico não me diz nada. Mas as 2as oportunidades valem a pena.
E li o que há muito queria ler, Biribi de Darien.

Gostei bastante do auto de fé, talvez não seja o livro de uma vida mas é bom,acho eu.

Fico por aqui ;)



Madame Bovary disse...

Olá!
Uau, que mini-biografia fantástica! Já sabia que eras uma leitora interessante mas não imaginava uma vida tão multicultural. Muito bom.E como é a vida na Finlândia? As leituras que recomendas são sempre interessantes (aliás, lês a uma velocidade verdadeiramente surpreendente, estamos uns dias sem falar e já devoraste mais 3 títulos), mas fiquei mesmo foi com mais vontade de ler coisas sobre ti e sobre a tua história.
Gostei muito do Meaulnes, li-o em três dias, quase de uma assentada. Falou-me muito da adolescência, da confiança mágica desse tempo e dos caminhos perdidos que lhe sucedem. Não me desiludiu de todo. Do auto-de-fé, estou a gostar bastante. A ver… Acho que estou sempre à procura de livros para a vida, um pouco como aquela frase do Kafka: um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós. Até agora, como deves ter lido, o pódio é ocupado pelo CRIME E CASTIGO, e molesta-me um pouco ser mulher de um só livro 
Os próximos dias vou passá-los também na companhia do Truffaut – estamos a traduzir os Films de ma vie, e imagino que a sua leitura vá ser interrompida por muitas sessões de cinema caseiras.
Fica com o meu e-mail: patriciagnunes9@gmail.com. Se quiseres e tiveres interesse, podemos «trocar» impressões biográficas e, claro, seguir partilhando sugestões literárias.
Beijinhos,

Patrícia disse...

Olá!
Muito obrigada pela simpatia :)
Truffaut? O teu emprego deve ser uma maravilha. Truffaut é praticamente desconhecido hoje em dia.
Ah, a Finlândia... só vim para cá por convite,aceitaram as minhas condições. Deram-me espaço para investigação e para ficar vários meses ausente.

Quanto à velocidade a que leio há 2 motivos:
1)sempre durmo pouco;
2)Muitas vezes, por necessidade não durmo - tenho animais prematuros e alguns não só prematuros como doentes a precisarem de muitos cuidados. Estou no hospital desde as 6 da manhã de ontem e aqui ficarei a menos que o meu "bicho" melhore.


Eu gosto muitíssimo de Dostoievesky.
Tenho um livro, caso te interesse, que se chama - Dostoevsky: Reminiscences; escrito pela 2ªa mulher dele, Anna Dostoevsky.

Enviar-te-ei um email, sem dúvida alguma. De Patrícia para Patrícia ;)

Desculpa, tenho o meu computador comigo e as teclas continuam presas, vi que os disparates no comentário.
Desculpas adiantadas.






Patrícia disse...

Peço imensas desculpas pelo comentário anterior, sair da secretária várias vezes e não reler originou aquela bosta digna de São Bernardo.

Queria dizer: sempre dormi pouco e não sempre durmo pouco. Faltam palavras, ideias deixadas a meio e a estrutura gramatical, enfim.

Bom fim-de-semana :)