segunda-feira, 9 de abril de 2012

Onde está, partido, o que recebi?


“O quarto ameaçado torna-se a ouvir, e eu vejo que o relâmpago de «escrevo, mas não sou escravo», se dirige, sozinho, para a secretária do escritório, e derruba todos os inúteis auxiliares da escrita – mata-borrão, tinteiro, bloco, jarra convencional, borracha de tinta. (…) Quem está à secretária pergunta-lhe: - Onde ficou o que eu dei?
em que almofada, ou objec-
to da sala?
E ela responde-lhe; com um novo sorriso, ou esgar de choro: - Onde está, partido, o que recebi?
Eu vi, veloz, que alguém, ou alguma coisa, ou alguma hesitação sobre o absoluto, precisava de nascer_______ de nascer deles. Voltei para trás, à fonte do silêncio e _______ senti que ia ser profundamente amada, e mal.
Ele interrogou – Queres ser superficialmente bem amada
ou
mal amada, mas profundamente?
«Amada profundamente mal, amada profundamente, e sem saber», traçou o pé do lápis na ombreira da porta.”

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