“Diz-se que o melhor design é
invisível, o neutro. Mas é ilusão, claro. Seria paradoxal uma disciplina tão
dedicada à identidade não ter também a sua. Esta construção de identidade é o
design que o design não vê: um processo contínuo, contraditório, obsessivo,
instruído, mas inconsciente.”
Especialista por excelência no fabrico de identidades, o design é uma disciplina fundamental do nosso quotidiano. No entanto, a reflexão sobre a sua própria identidade não é abundante. Nos doze ensaios que compõem este livro, Mário Moura convoca a crítica do design para analisar os seus impensados e a cultura contemporânea, à semelhança da melhor tradição da crítica literária e da crítica de arte. Com várias incursões pela literatura, política, história, geografia e pelo cinema, o autor desmonta o património discursivo do design e demosnta como este é formado e reformado por conceitos de raça, classe, género, autoria e periferia, entre outros.
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