segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Augusto, o palhaço melancólico


“E então, certo dia, como que numa revelação luminosa apercebeu-se de que já há muito, muito tempo, não conhecia a felicidade. A descoberta deixou-o tão agitado que ardia de impaciência por chegar ao quarto onde morava. Contudo, em vez de correr para o hotel, chamou um táxi e ordenou ao motorista que o levasse aos subúrbios da cidade. Mas onde, exactamente?, quis saber o motorista. «Em qualquer lado onde haja árvores», respondeu, nervoso. «Mas despache-se, vamos – é urgente.»

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