domingo, 1 de outubro de 2017

the fire next time

Eis dois livros que não me impressionaram particularmente, apesar das elevadas expectativas.



Percebo que WAYS OF SEEING, de John Berger, tenha constituído uma enorme inovação nos anos 70, com as suas reflexões sobre o impacto da reprodutibilidade técnicas nas imagens da arte, a objectualização da mulher e da nudez, as relações do poder – patriarcal e capitalista – com arte, o papel da publicidade na reprodução da dominação social, etc., mas hoje é uma leitura que me acrescenta pouco. Ainda assim, percebo que este livro tenha tido o mérito de motivar o aprofundamento destes temas nos anos que se lhe seguiram.



THE FIRE NEXT TIME, de James Baldwin, não me satisfez por outros motivos. Primeiro, achei que, embora tais reflexões possam também abranger a realidade europeia, se centrava muito na perspectiva americana; depois, tive alguma dificuldade em relacionar-me com a religiosidade do autor. No entanto, também aqui pressenti um mérito pioneiro e uma enorme coragem.


If we – and now I mean the relatively conscious whites and the relatively conscious blacks, who must, like lovers, insisto n, or create, the consciousness of the others – do not falter in our dusty now, we may be able, handful that we are, to end the racial nightmare, and achieve our country, and change the history of the world. If we do not now dare everything, the fulfillment of that prophecy, re-created from the Bible in a song by a slave, is upon us: God gave Noah the rainbow sign, No more water, the fire next time!

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