Eis dois
livros que não me impressionaram particularmente, apesar das elevadas
expectativas.
Percebo
que WAYS OF SEEING, de John Berger, tenha constituído uma enorme inovação nos
anos 70, com as suas reflexões sobre o impacto da reprodutibilidade técnicas nas
imagens da arte, a objectualização da mulher e da nudez, as relações do poder –
patriarcal e capitalista – com arte, o papel da publicidade na reprodução da
dominação social, etc., mas hoje é uma leitura que me acrescenta pouco. Ainda
assim, percebo que este livro tenha tido o mérito de motivar o aprofundamento destes
temas nos anos que se lhe seguiram.
THE FIRE
NEXT TIME, de James Baldwin, não me satisfez por outros motivos. Primeiro,
achei que, embora tais reflexões possam também abranger a realidade europeia,
se centrava muito na perspectiva americana; depois, tive alguma dificuldade em
relacionar-me com a religiosidade do autor. No entanto, também aqui pressenti
um mérito pioneiro e uma enorme coragem.
If we – and now I mean the relatively
conscious whites and the relatively conscious blacks, who must, like lovers, insisto
n, or create, the consciousness of the others – do not falter in our dusty now,
we may be able, handful that we are, to end the racial nightmare, and achieve
our country, and change the history of the world. If we do not now dare
everything, the fulfillment of that prophecy, re-created from the Bible in a
song by a slave, is upon us: God gave Noah the rainbow sign,
No more water, the fire next time!
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