domingo, 26 de agosto de 2018
Georg Trakl
Fui buscar à biblioteca um dos livros que mais me marcou durante a adolescência.
Outono: passos negros na orla da floresta.
Estranhos são os caminhos nocturnos do homem.
Continuo a achar o livro bom mas já não me bate como nessa outra época. O estilo, demasiado lunar e desesperançado, chega até a maçar-me. No entanto, pode dizer-se que sou hoje uma pessoa muito menos solar do que nesses anos em que delirava com a escrita do Trakl, pelo que só me ocorrem as palavras de Claudio Magris: Talvez a minha odisseia literária seja aquela que conta a viagem ao nada e o respectivo retorno.
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